[Este guest post foi escrito pela Janet Gunter]
Demorei para sentar e escrever isso. Perder a Santuza subitamente foi como perder uma floresta, uma floresta viva que conheci há mais duma década – que sabendo que ela ainda existe, ajuda-me a respirar, sentir-me bem neste mundo. O escritor Wallace Stegner escreveu:
“The reminder and the reassurance that [wilderness] is still there is good for our spiritual health even if we never once in ten years set foot in it.”
Vou falar da minha chegada ao cantinho da floresta da Gávea que era a Santuza para mim.
Quando eu cheguei no Brasil para uma curta estadia na PUC-RIO, eu já tinha o email “expresso2222” – o que atraiu-me à lingua portuguesa, ao país-continente, foi desde o início a música, que eu consumia na minha adolescência através dos LPs do meu pai. Ele próprio, puro gringo como eu, pegou “o bicho” nos anos 60, tocando bossa nova, e viajando pelo Brasil como estudante.